A 54 dias para o Natal, a programação natalina de Santa Maria segue rodeada de indefinições. Em 18 de outubro, a prefeitura anunciou que, neste ano, o evento será repaginado, sem dinheiro público e diferente dos últimos anos. O Viva o Natal surge como uma alternativa ao tradicional Natal do Coração – programação implementada na gestão do ex-prefeito Cezar Schirmer e marcada por decoração com garrafas pet nas ruas centrais.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, o destaque deste ano será a iluminação, que ganha o papel principal, antes destinado às garrafas pets. A presença do Papai Noel é garantida, assim como a árvore natalina na Praça Saldanha Marinho e todas as estruturas metálicas já adquiridas pela prefeitura. A instalação de uma praça de alimentação e banheiros químicos está sendo avaliada. Ainda não foi dada a largada para o trabalho de decoração nas ruas e nos prédios, mas a os enfeites devem contemplar a área central da cidade.
A principal novidade deste ano fica por conta do conceito. Nos próximos dias, a prefeitura deve apoiar eventos que ocorrem, por exemplo, nos shoppings, além de atividades como Tertúlia Nativista e o Santa Maria Sesc Circo.
– A ideia é ir construindo um ambiente natalino. Queremos viver o Natal, tornar a data mais inclusiva com a participação da comunidade – pontua o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, Ewerton Sadi Falk Brasil.
SEM DINHEIRO PÚBLICO
Conforme a secretaria, a decoração das ruas e a programação ainda depende da captação de recursos pela Lei Rouanet, que previu R$ 579 mil para o evento. Até o momento, 35% desse valor estaria viabilizado por meio de empresas que se comprometeram em abater tributos (4% do Imposto de Renda para empresas que tiveram lucro real).
– Estamos otimistas e avançando em tratativas com algumas empresas. Para patrocínios, a questão legal é mais complexa. Por isso, estamos focando na captação e tivemos avanços na última semana. Poderá ser simples, mas com muito capricho _ afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, Ewerton Sadi Falk.
Alunos da Augusto Ruschi abrem cápsula do tempo lacrada há 10 anos
Outra tentativa do Executivo também foi a viabilização de recursos por meio do Ministério do Turismo, até momento, sem sucesso.
– O segredo de um evento é ter continuidade. E nós estamos trabalhando para isso, pois o Natal tem que acontecer – completou a secretária adjunta da pasta e também responsável pela programação, Ticiana Fontana.
ALTO CUSTO
O Natal do Coração, que utilizava garrafas pet, não serão mais utilizadas por causa do custo. A decoração era atrelada a um valor "patenteado" pela idealizadora da decoração e custaria aos cofres públicos cerca de R$ 140 mil. O gasto médio total com o Natal 2016 foi cerca de R$ 600 mil. No ano passado, a decoração começou chegar às ruas mais cedo, na primeira quinzena de outubro.